Depressão: o que é e como tratar?

Infelizmente ainda hoje muitas pessoas acreditam que a depressão é uma “doença de rico” ou uma “frescura”, mas a verdade é que esta enfermidade se tornou um dos maiores motivos de afastamento do trabalho, tendo potencial para acometer mais de 10% dos brasileiros, de acordo com pesquisa recente.

Uma comorbidade que atinge essas proporções não pode e nem deve ser ignorada, sobretudo porque ela tem enorme potencial para se agravar, situação em que pode levar um ser humano a tirar sua própria vida. Portanto, o quanto antes o indivíduo buscar tratamento, maiores serão as chances de recuperação.

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Depressão e tristeza são a mesma coisa?

Primeiramente é importante saber que, apesar de a depressão causar uma tristeza profunda e um sentimento de falta de esperança, ela não deve ser confundida com a tristeza causada pelos momentos difíceis da vida, a qual é natural, como a perda de um ente querido, uma situação de desemprego ou o término de um relacionamento.

A depressão é mais séria porque incapacita a pessoa, tirando seu interesse por atividades que antes eram prazerosas e impedindo, muitas vezes, que ela se levante da cama para realizar as atividades cotidianas. Assim, a melhor forma de diferenciar a doença de uma tristeza profunda é a percepção de que, se esta melhora, aquela só piora com o passar dos dias.

Como tratar?

O primeiro passo para tratar o problema é reconhecer a sua existência. Muitas pessoas resistem por preconceito, o que dificulta o tratamento e só faz piorar a saúde do indivíduo. Em seguida, é importante buscar um médico especialista – neste caso, um psiquiatra – que possa realizar a avaliação do paciente e lhe oferecer um diagnóstico.

Uma vez que a doença é diagnosticada, o tratamento pode ser iniciado. Geralmente ele consiste no uso de medicamentos e na adoção de hábitos de vida saudáveis, especialmente a prática de exercícios físicos e a ingestão de alimentos saudáveis, como frutas, verduras e legumes. Terapia também pode ser recomendada, dependendo do caso.

Internação faz parte do tratamento?

A internação não é uma regra para tratar a depressão, mas, sim, pode ser necessária em alguns casos, sobretudo quando o estágio da doença já está avançado e a pessoa pode representar um risco a si mesma, ingerindo drogas continuamente ou tentando o suicídio.

Nesses casos, é importante que, nas primeiras semanas de tratamento, ela seja acompanhada todo o tempo para evitar que prejudique ainda mais a si mesma. Porém somente uma avaliação especializada poderá detectar essas situações.

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